Economia

Dólar abre em forte queda após Haddad anunciar cortes

Dólar
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Nesta quinta-feira, o dólar opera em forte queda, refletindo um dia com pouca influência externa devido ao feriado de Dia da Independência nos Estados Unidos e um alívio nas tensões políticas no cenário doméstico. Após uma série de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central do Brasil (BC) e ao seu presidente, Roberto Campos Neto, o anúncio de que o governo está comprometido com a meta fiscal trouxe tranquilidade aos mercados.

Desempenho do Dólar e Ibovespa

Às 12h, o dólar caía 1,32%, cotado a R$ 5,4949, após uma mínima de R$ 4,4663. No dia anterior, o dólar havia recuado 1,71%, cotado a R$ 5,5683. Com isso, a moeda acumulou:

  • Queda de 0,36% na semana;
  • Recuo de 0,36% no mês;
  • Alta de 14,75% no ano.

Simultaneamente, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, subia 0,38%, aos 126.143 pontos. Na véspera, o índice havia registrado alta de 0,70%, aos 125.662 pontos, acumulando:

  • Alta de 1,42% na semana;
  • Ganhos de 1,42% no mês;
  • Perdas de 6,35% no ano.

Fatores Influenciadores do Mercado

Nos últimos dias, críticas do presidente Lula reacenderam o temor de que o governo não estivesse comprometido com a responsabilidade fiscal. No entanto, o alívio veio após as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que, após reuniões, anunciou um corte de R$ 25 bilhões em despesas e garantiu o compromisso com o arcabouço fiscal.

“Tivemos a oportunidade de nos reunirmos três vezes hoje. Lula me pediu que falasse para vocês. Primeira coisa que o presidente determinou é cumprir o arcabouço fiscal. Não se discute isso. São leis que regulam as finanças no Brasil e serão cumpridas. O arcabouço será preservado a todo custo”, afirmou Haddad em coletiva de imprensa.

Declarações de Lula e Haddad

Durante o anúncio do Plano Safra voltado para a agricultura familiar, Lula reforçou que “responsabilidade fiscal é compromisso” e que o governo “não joga dinheiro fora”. Ele ressaltou a importância de aplicar recursos em educação e saúde de forma responsável.

Na terça-feira, Lula destacou que não se pode culpar suas declarações pela alta do dólar, atribuindo a situação a especulações contra o real. Ele também reafirmou a autonomia do Banco Central e criticou a taxa de juros vigente.

Respostas do Banco Central

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, respondeu que a interrupção do ciclo de corte de juros foi influenciada por “ruídos” no mercado, relacionados às expectativas sobre política fiscal e monetária. Campos Neto destacou a necessidade de melhorar a comunicação para eliminar esses ruídos.

Perspectivas Futuras

O compromisso do governo com a responsabilidade fiscal e as medidas de cortes orçamentários são vistas como passos positivos para estabilizar o mercado. A continuidade dessa política será crucial para manter a confiança dos investidores e garantir a estabilidade econômica.

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